About Me

19 January, 2007

Era uma vez...
o EU bem pequeniiiiina e já adorava fazer (como o meu pai dizia... e diz!!) as minhas macacadas(Macacadas = palhaçadas ou simulações de personagens que poderiam até tornar-se credíveis aos olhos de um público que gostasse de teatro, não fosse o EU uma criança e completamemente desconhecedora da arte).
O EU foi crescendo e meteu na cabeça que haveria de ser actriz de teatro porque achava que "tinha jeito para a coisa". E quando pela primeira vez percebeu que o "jeito" não servia de grande "coisa", que só com muito trabalho poderia transformar-se numa actriz de verdade, o Eu quis ir para uma escola de teatro em Lisboa. Como isso, para além de ser dispendioso, implicaria ainda perder um ano escolar (aos 16 anos não é uma decisão que o Eu pudesse tomar por si só), o EU acabou por ser retida, contra a sua vontade, no 11º ano na área de letras, numa escola secundária em Torres Vedras (grandes tempos!!).
Quando chegaram os tão aguardados 18 anos, o Eu tirou a carta e... toma lá: Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, aí vou eeeeuuuu!!
pois...
não passou disso mesmo: uma vontadinha muuuuiiito grande.
Era óbvio que não daria para mais. Faltava a experiência, o apoio e motivação sustentada em conhecimentos que o EU não podia ter.
Do estado depressivo para o estado de euforia e caloira na Universidade de Coimbra foi um ápice! Qual Teatro qual quê! O EU queria era aproveitar e cortireee a vida looonge do controlo dos papás, o Teatro, a Música, as Exposições, as Latadas e as Queimas, as noitadas e, CLARO, as aulas na faculdade. =P Jornalismo foi a licenciatura que o EU se propôs a tirar, "tirando" também (claro está) partido de todo o resto que a Cidade dos Estudantes oferecia tãaaao gratuitamente. Era até despeito não aceitar, não acham?
O Teatro, tal como a música, foi algo sempre presente no loooongo caminho para a licenciatura (Coimbra tem destas coisas). O EU tirou um curso de actuação numa companhia profissional de teatro de Coimbra, fez algumas peças, manteve-se sempre muito activa na música (ainda que a guitarra insistisse para lhe fazer vibrar as cordas, sempre preferiu as cordas sim, mas as vocais).
depois... e depois?? Depois, tal namorada desgostosa porque amava mas dava muito trabalho amar (é bem mais fácil de "dizê-lo à boca cheia" - urghhh q expressão horrível, argh),... desistiu. O EU desistiu do Teatro e tentou esquecê-lo... Arduamente e sem grande sucesso, diga-se. Mas como se costuma dizer: "longe da vista, longe do coração".
e assim ficou o EU e o Teatro...
ATÉ QUE... O destino fez os dois reencontrarem-se, imaginem, numa mesa do restaurante chinês de Celas. Que reencontro bom... e da palavra "de boca cheia" (e eu a dar-lhe! argh) à acção, com muita vontadinha de trabalhar à mistura e motivação, lá vai ela: O EU, direitinho a Lisboa só para fazer um Curso de Teatro!
agora, só fica a faltar uma coisa (e porque o EU sempre foi "do 8 ao 80"): falta-lhe despir o casaco comprido e justo, pesadíssimo, que permitiu ser colocado sobre os seus ombros, impedindo movimentos livres, palavras soltas, despretenciosas, pensamentos livres e espírito totalmente aberto! ... e não dei por nada, estranho, não?!
O trabalho vai ser duro, mas estou disposta a encará-lo de frente.
Venham eles!! =) e Viv'ó amor !hehe